17 de março de 2010

rEsTa-Me


Resta-me este silêncio para te gritar
Um fogo que me queima de saudade em saudade
E me deixa perdido no meio deste esperar
E me tenta um novo poema rompido e sem idade
Porque este silêncio que me resta assim
É o que transforma as flores em jardim...

Resta-me este silêncio para te ter
Um sonho mais que vivido e sempre presente
Que me deixa morto ainda sem morrer
Que me tenta uma outra vida em ardor quente
Porque este silêncio é um nó que me abre até ti
E que em jardim, fica em vento, sempre por aí..

10 comentários:

Maria disse...

Não preciso de te gritar. O silêncio do meu olhar diz-te tudo. Da saudade que te tenho e já não sentes. Do beijo que ficou por dar e que me queima. Do abraço que me envolve e me rasga. Do amor que fizemos, sem idade.
Não preciso de te ter. O silêncio da ausência diz-me tudo. Das tuas mãos no meu corpo e sei que não mentes. Do rio que corre entre nós e que teima. Da maré que ainda somos e que nos rasga. Do amor que fazemos, porque é verdade...

Beijo-te.

Maria disse...

Só agora li o teu poema todo. Desculpa, mas voei e esqueci-me. Vou ficar em silêncio até ao próximo Encontro...

Um beijo.

Ana Caio disse...

os contrastes de certas palavras funcionam lindamente! parabéns!

Anónimo disse...

vais gritar vais!
porque um dia destes vou-te pregar um susto:) um susto bom:)

a saudade queima.
gosto desse jardim. tem jarros?

bem vou.me calar. hoje parece que estou ligada á ficha.

desculpa a brincadeira mas não resisti...

o teu poema és tu em palavras.


beijinhos muitos

Filoxera disse...

O vento, aqui como ali (EQ)...
Mas o silêncio, esse, é especial. Daqui.
Quando quiseres quebrá-lo, sabes que tens quem te ouça.
:-)
Beijos.

eco disse...

o eco do silencio :)
parabens pelo blog

eco

cristal disse...

O sufoco da saudade...

E em silêncio lhe deixo um pouco de Ary dos Santos:

"...Esta palavra saudade
Sete letras de ternura
Sete letras de ansiedade
E outras tantas de aventura

Esta palavra saudade
A mais bela e a mais pura
Sete letras de verdade
E outras tantas, de loucura..."

Abraço GRANDE, Pedro

Mª João C.Martins disse...

Mergulhar ou flutuar no silêncio que nos resta... sentir a cor das palavras não ditas, a ausência dos gestos guardados, o voo das borboletas feridas...

Partir ou calar...
Ficar ou gritar...

O meu abraço, grata por este momento.

_Sentido!... disse...

Vamos reconstruindo a vida
em encontros e desencontros
encantos e desencantos
bebemos dos mares e dos rios
lágrimas
de sonhos e desejos
morremos a cada dia
em desencontros
de encontros desejados
renascemos
em sonhos
de encontros marcados

sempre me arrepio quando ouço os teus gritos

Beijo

Lídia disse...

...eu gosto de silêncios.

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...