Dança na noite perto do peito
Carrega toda a sua história num passo
Num gesto de ave,
Suave
E desfeito
No pó do amor, dos calos e do cansaço
O céu de estrelas e sorrisos de calor
O aconchego do toque de um tango ardente
Dança junto ao rio,
Frio
Lágrima de amor
Que corre em mim, em ti, em toda a gente
Eterniza-se a canção, a cidade e o olhar vagabundo
Nas voltas e revoltas dos corpos e solidões
Marés que consomem,
E comem
Cada abraço do mundo
Entre restos de nós, partos e vagas aos tropeções
Vale a pena esta maré forte de intenso apertar!
Qualquer coisa de sangue, qualquer coisa de sal e mar...
Por onde me perco dias sem fim fora de mim como se fosse
Carregar todos os pesos da morte amarga e doce
Com que pinto os contornos trémulos deste sorriso
Ternura acesa, momento forte e preciso
Em que tudo regressa...
Sem pressa...
Depressa...
Tropeça...
Vento norte que me atravessa
Para ficar perdido no meu leito.
E na noite que se dança perto do peito.
7 comentários:
Ah! Pedro,
Que poema fantástico!
Fantástico!
Meu abraço.
Tenho saudades tuas, tenho saudades ...
Por isso e por partilhares connosco as tuas palavras deixo-te aqui um beijo e um sorriso acima de tudo amigo mas também doce ... como o teu olhar.
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Recuperei o fôlego!....
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Assimilei.
Será que assimilei?
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Deixo-te o silêncio, que este teu poema é uma locomotiva que me esmaga, que se entranha.
E não sei dizer mais nada.
Há noites em que não tenho palavras para ti. E estás tão perto...
Mas há dias que também não tenho. Nem para mim. Mas continuas sempre no meu peito.
Abraço-te.
Pedro,
É soberbo! Gostei muito.
um abraço e o meu sorriso :)
mariam
Saudades, saudades, saudades...
O vento tem a força da minha saudade, o carinho do meu beijo e a ternura do nosso abraço.
Sempre.
beijo-te muito pois já há muito que não te beijo.
Belíssimas...
as palavrasquedançamnanoitepertodopeito!!!
Abraço GRANDE,GRANDE,Pedro
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