De repente, assim como um sopro, alguns amigos meus - queridos amigos - foram confrontados com a morte. Para o bem ou para o mal; cada um à sua maneira; cada uma na sua história... o facto é que a morte traz-nos sempre um aperto. Como não tive oportunidade de transformar esse aperto num abraço, deixo-o em forma de versos. Que dos versos me vou (re)construindo e caminhando.
.
.
.
.
.
.
.
.
Nasceu um silêncio no meu peito
Que faço e desfaço tantas vezes que já perdi a conta...
É um manto de lágrimas, brasas de mais um amor refeito
Com que me trespasso a direito
E que na minha vida enfeito
Com outras cores, mesmo que não a sinta pronta.
Nasceu assim, um outro caminhar
Que me acompanha cada gesto que me reconforte...
É um longo, às vezes vazio e profundo acordar
Adormecendo sem sequer sonhar
Este de ter de aconchegar
Mais um pedaço de mim, na tua morte...
Que faço e desfaço tantas vezes que já perdi a conta...
É um manto de lágrimas, brasas de mais um amor refeito
Com que me trespasso a direito
E que na minha vida enfeito
Com outras cores, mesmo que não a sinta pronta.
Nasceu assim, um outro caminhar
Que me acompanha cada gesto que me reconforte...
É um longo, às vezes vazio e profundo acordar
Adormecendo sem sequer sonhar
Este de ter de aconchegar
Mais um pedaço de mim, na tua morte...
4 comentários:
Dos nós que desfaço nestes dias nascem rios que engulo para se tornarem abraço
Dos amigos que abracei nestes dias nascem flores que recolho como vida em que me refaço
Beijo-te.
Pedro ...
A ti, deixo-te um abraço :)
C.
Os nós de nós...que sentimos..que arfamos na dificuldade do perder...
Um abraço...
Fica um beijinho...
Beijinho, Pedro*
Enviar um comentário