Foste a secreta ternura do rio
Ganhando cada pedaço do amor
Minha vida, em forte e doce arrepio
Dentro do peito, sempre, mergulhado na dor
Foste o abraço único do futuro
Por dentro dos sonhos mais além
Minha vida, inquieto respirar em estado puro
Nas mãos, largas, que tudo tem e sustém
Foste a canção e o poema assim
Como quem come e bebe em seiva santa
Minha vida, que tanto se apodera de mim
Em passos pesados, onde tudo se dá e encanta
Foste a morte, o travo da eternidade
O chão desta viagem em comunhão
Minha vida, lágrima do tempo e da saudade
Onde se desassossega o meu pobre coração
3 comentários:
Pedro, que estes dias te sejam felizes e plenos de paz.
beijo.
Como sempre muito lindo e sentido. Um beijo. Ailime
A tua cara. Assim inquieto, te (re)conheço.
Abraço-te
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