18 de abril de 2014

MiNhAvIdA

Foste a secreta ternura do rio
Ganhando cada pedaço do amor
Minha vida, em forte e doce arrepio
Dentro do peito, sempre, mergulhado na dor

Foste o abraço único do futuro
Por dentro dos sonhos mais além
Minha vida, inquieto respirar em estado puro
Nas mãos, largas, que tudo tem e sustém

Foste a canção e o poema assim
Como quem come e bebe em seiva santa
Minha vida, que tanto se apodera de mim
Em passos pesados, onde tudo se dá e encanta

Foste a morte, o travo da eternidade
O chão desta viagem em comunhão
Minha vida, lágrima do tempo e da saudade
Onde se desassossega o meu pobre coração

3 comentários:

Vento disse...

Pedro, que estes dias te sejam felizes e plenos de paz.

beijo.

Ailime disse...

Como sempre muito lindo e sentido. Um beijo. Ailime

Maria disse...

A tua cara. Assim inquieto, te (re)conheço.

Abraço-te

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...