5 de maio de 2007

EmLiNhA

De que vale o reflexo, ó Lua, se a meu lado não te vejo?

"Fecha os olhos..."

É incrível! Fechar os olhos à Lua e inventar tudo... como se ela não estivesse lá a chamar-nos...

"Não compliques..."

Pois, pois. Querer que todos os espelhos te mostrem. Como se o mundo fosse só eu e tu. A minha vida sem eu e a tua comigo.

"Então, sofres!"

Não. Amar é a arte de sofrer. Por amor. Com prazer.

"Fogo! Que complicado és..."

Esquece. Mesmo quando olhares para a Lua, não te lembres mais de mim.

Impossível. Tu és eu.

Sou?

"És. Em mim. Em tudo de mim."

Tudo?!!!

"Bom... quase tudo."

Ah... por momentos pensei cegar.

"Assim não se verias a Lua..."

Ou veria?

6 comentários:

o Reverso disse...

interrogações sem respostas, sempre a dúvida.
sempre precisar de saber.

Maria disse...

Fecha os olhos...
... se quiseres, verás a lua...

HNunes disse...

Vive, sem questionar muito. Quanto mais questionamos mais a dúvida subsiste. Fecha os olhos e vive.
Jokas

vida de vidro disse...

Com os olhos fechados, vês tudo o que quiseres... **

Ana Luar disse...

A lua estará sempre lá mesmo que a não vejas...

Anónimo disse...

Interessante "diálogo" interior; ou monólogo?
E a dúvida permanece. Uma dúvida, quase certeza, pois mesmo de olhos fechados, tudo se "vê" ...porque se sente.

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...