8 de outubro de 2007

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Chão que piso. Em passadas que me pesam os anos.
Chão que piso. Em jornadas de amores e desenganos.
Chão que piso. Em cantos roucos da vida a passar.
Chão que piso. Em lágrimas de memórias de as pisar.
Chão que piso. Volta-te para mim, num olhar mais que profundo.
Chão que piso. Jardim de afectos, aromas do mundo.
Chão que piso. É em ti, que meu cansaço descansa.
Chão que piso. É em nós, que se confunde a dor e a dança.
Chão que piso. Leva-me contigo em braçada forte.
Chão que piso. Levo-te comigo na hora da morte.

7 comentários:

Maria disse...

Chão que piso
em passadas que me pesam os anos....
Gosto do chão que pisas...

Um beijo, Pedro

tchi disse...

Retenho, para mim, esse «Jardim de afectos, aromas do mundo».

tufa tau disse...

roubei esta tua frase para mim (só para mim)
"É em ti, que meu cansaço descansa."
perdoa-me se o faço mas, se me volto para ti,... e nunca o meu olhar foi tão profundo

pin gente disse...

eu podia cantar-te uma canção,
declamar-te um poema
podia fazer minhas as tuas palavras
podia pisar o teu chão

se soubesse qual é...

mas posso enviar-te o meu beijo,
hoje

Som do Silêncio disse...

Dia após dia
Ano após ano
...

Essas pedras da calçada já são tuas...
Fazes parte da sua história, assim como elas da tua...
Segues a tua rota...sempre a mesma rota!
...
Quantas conversas não tiveste com elas...
Quantas confissões não lhes fizeste...
Quantas alegrias não partilhaste...
Quantas mais irás partilhar!
...
Dia após dia
Ano após ano
...
Quantos amores....quantas desilusões...
Quantas tristezas....quantos desabafos...

Sempre....nas mesmas pedras de calçada...
O mesmo ritmo...a mesma passada!

A mesma canção que te acompanha na caminhada
Que te abstrai do que te rodeia...
Mais um dia e mais outro....
Uma vida! A tua vida! Um exemplo de vida!

És tu, as pedras da calçada....e o teu caminho!
As pedras da calçada....tuas confidentes e amigas...
Apenas isso...nada mais!

Beijo Silencioso

Raquel Branco (Putty Cat) disse...

Chão que pisamos.
Este teu.
Fértil.
Vivo.
Cheio.
De emoções.
Contemplações.
Arrepios de pele.

Chão que pisamos.
Palavras que colhemos.
Estas.
As tuas.

Anónimo disse...

Se eu pudesse deixava-te um poema.
Não palavras, antes música ou imagem,
coisa sintética, que eu cá por mim,escolhi falar
com as palavras dos outros.

Escolhi sim, e ainda aqui está quem assim escolheu!

Porém, impede-me a tecnologia de descarregar conteúdos fotográficos em local reservado a comentários.

Assim sendo, sempre te vou dizendo
que é a horizontalidade rasa deste mesmo chão, que nos vai permitindo
a verticalidade nossa de cada dia.

E mais não digo, que não sou dada a
afectos virtuais.

Beijo.
Fernanda.

oTeMp0

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