Embriagado, solta-se o vagabundo. Carrega a noite nos olhos. Em lágrimas brilhantes e doces. As ruas nuas suas cruas perdem-se no meio dos seus passos silenciosos e leves. Que do peso da sua vida existe uma chaga na memória - era poeta!
A Bela Amante pousou-lhe o corpo nas mãos. O tempo fez-se areal como se um jardim se pintasse no seu sorriso. Afinal, cada solidão transformava-se num novo manto de versos e canções. Mesmo no labirinto mais secreto da sua existência... Mesmo no precipício mais longo da sua voz... Mesmo na inquietação das suas vestes.
Pobre vagabundo. Acorrentado e livre no desejo colorido e negro dos seus gritos.
Pobre Bela Amante. Dançarina feroz na saudade das distâncias.
Pobre de mim, simples mortal, perdido no cansaço de nada contar... de tudo esperar... mesmo o vazio de ti.
7 comentários:
Que seria de nós sem os sonhos, ou o sonho maior de todos. Como não abraçar a solidão se esta se veste de versos e canções. Pega na mão da Bela Amante e toca-lhe a pele sedosa. Um frio a percorrer-te o corpo. Um calor a subir ao peito. Um respirar ofegante.
Dansa na escuridão da noite até te cansares. Deixa que as estrelas manto te cubram. Talvez oiças uma melodia vinda de lonje, de lonje, de lonje...
Um beijo de boa noite, Pedro
Dizes tanto nos teus poemas que fico sempre sem palavras para te dar.
Beijos, Pedro.
Lindo Pedro!
Beijo
Andreia Vilarinho Flórido
Acho que não volto a comentar-te às 2 da manhã... Cruzes...
Aqui vai a correcção do último parágrafo (detesto erros!)
Dança na escuridão da noite até te cansares. Deixa que as estrelas manto te cubram. Talvez oiças uma melodia vinda de longe, de longe, de longe...
Agora está bem.
Beijo, Pedro
Olá Poeta :)
O teu avesso é lindo. Não fica a dever ao teu direito :)
Leio-te e sorrio deve ser uma relação causa/efeito.
é a ternura das tuas palavras.
beijinhos. Gosto muito de ti.
O vazio de ti!
Frase forte!
Beijo
Som
... acho o vazio muito interessante - podemos preenchê-lo com o que nos faz mais sentido. Os vazios são cantos de nós.
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