Procuro o silêncio das noites cheias...
Vazio,
Rente ao arrepio...
Fome,
Que me mata e consome...
Canções,
Pregadas na minha voz sem perdões,
Versos loucos,
Tantos e sempre tão poucos...
Suores e perfumes,
Fogueira de beijos macios e lumes...
Desejos ardentes,
Desses iguais a todas as gentes...
Não sou tão especial assim
Que mereça esta dor em mim...
Procuro o silêncio das noites cheias:
Segmentos de chagas e estradas que saboreias.
Minha voz é um grito no punho da inquietação,
Uma dor parida forte de tempo, vento, mel e solidão,
Um vómito mais pintando o nosso chão,
Ou um abraço carregado de amor e paixão
Com que me mato todos os dias entre ondas e teias
De tanto silêncio haver nas noites cheias!
4 comentários:
Que grito mudo cotando "...0 silêncio das noites cheias..."!
Tocante... parabéns
Os meus cumprimentos
Procuro ouvir apenas o meu nome nas noites cheias mas resta-me apenas o silêncio tão vazio de ti...
Há noites assim, Pedro.
Sabes que estou aqui, sempre!
Beijo-te.
"Minha voz é um grito no punho da inquietação,
Uma dor parida forte de tempo, vento, mel e solidão,
...
Ou um abraço carregado de amor e paixão
Com que me mato todos os dias entre ondas e teias
De tanto silêncio haver nas noites cheias!
...
Não sou tão especial assim
Que mereça esta dor em mim..."
LINDO!
Mais um dos teus, lindos, poemas.
Obrigada por partilhares connosco, sempre, poemas maravilhosos.
Muitos beijinhos.
BOM ANO para ti e para a tua familia.
Andreia
o silêncio tem por vezes um som estrondoso, especialmente nas noites cheias de vazio...
beijos, Pedro
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