26 de abril de 2010

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Guarda-me no fundo do lago como se fosse alga. Rega-me todos os dias com o cheiro da saudade. Sente-me as águas, lágrimas carregadas dos meus olhos. Horizontes de memórias feitas vida sem idade. Guarda-me no fundo do lago como se fosse vento. Respira-me ainda todas as noites de solidão com a voz de um grito mudo. Abraça-me e tem-me assim pequenino e vagabundo. Entre o nada que sou eu e tu que és tudo.

4 comentários:

Maria disse...

Guardo-te no fundo de mim como se fosses saudade. Rego-te todos os dias com o meu sangue. Sinto-te no meu olhar cheio de água do mar. Memória do que somos no vento, no cheiro, no amar. Respiro-te como se a solidão me vestisse. Guardo-te no ventre como se grávida estivesse. Abraço-te mais uma vez antes de desapareceres em pó. E fica na garganta uma dor para desfazer o nó.

Abraço-te. Muito.

Ailime disse...

Como sempre fico emocionada com os seus poemas.
Uma dor imensa que vai exorcizando através deles.
Sim, é preciso também cantar a dor, até que doa menos, se isso for possível.
Um beijinho.

Anónimo disse...

Guardo-te sempre. em mim. nas tuas palavras que se nos agarram á pele.

beijos

viajantes disse...

é muito belo.
gosto muito de passar por aqui.
são lindas as palavras que vos unem.
abraço!

oTeMp0

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