29 de abril de 2010

sAuDaDeSóÉsAuDaDe


A saudade é um pedaço de pele que fica marcado
Sempre que os olhos se fazem mar
Pequeno incerto, mais que o tempo passado
Que faz tremer os beijos e os abraços
Que choram por todo o lado
Soltos aos ventos, aos lagos, mas sempre aos pedaços
Só para correr sem nunca se afastar...

A saudade é um poema que se faz vulcão
Nas lágrimas que pintam cada onda que vem
Aninhar-se no manto da solidão
Que veste de gala só para se cantar
Que chora um rio sem nunca desaguar
Na corrente de tudo o que peito tem.

Cada saudade assim cantada, no tricotear solto de uma amarra
Fica para sempre no tempo sem fim
Porque saudade só é saudade quando se agarra
Nos passos que um dia se fizeram jardim!

3 comentários:

Anónimo disse...

a saudade chega a não ter tradução.
é um buraco... doi. é preciso agarrar...

beijo Pedro.

M(im) disse...

Tão partilhada, a Saudade, não é?
Tão negada, repudiada, tão dentro de nós....
Lindo!

Maria disse...

A saudade é uma segunda pele que vestimos. Que nos asfixia, por vezes. Que nos faz em rio, outras.
A saudade é um aperto que nos dói no coração. Que corre nas nossas veias. Que vive dentro de nós, sempre.
A saudade é um mar imenso que engulo para te tragar. Que eu devolvo em cada maré de ir, para te recolher na maré de vir.
E que vives em mim, como um abraço. Para sempre.

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...