Que o tempo se desfaça em pequenas gotas! Que transforme os olhos em espelhos e fontes; ventos ou ilhas; marés! Que tudo se trinque e se ame. Porque a saudade tem tudo o que és. Que o medo se pinte em correntes e memórias! Que cante o murmúrio secreto dos homens; silêncios ou gritos; pontapés! Que tudo se configure no teu chamar. Porque a saudade tem tudo o que és. E assim pelo toque da inquietação. Rente ao abraço do convés que da tua barcaça, minha pele, existe saudade em tudo o que és!
4 comentários:
Não consigo comentar-te, agora.
Estas palavrasquenosunem logo hoje, Pedro...
Volto mais logo.
Abraço-te. Tanto!
(e chovo...)
Quando os ventos me trazem até aqui, o céu parece-me mais límpido...
Beijos, Pedro.
Pudesse eu desfazer em pó todas as inquietações
que nos consomem e nos tiram este sorriso franco
soubesse eu navegar nas palavras nos poemas e canções
e aquietar-me à noite em cama tecida de branco
Pudesse eu afugentar os medos os silêncios e os gritos
que me mordem todos os dias e sempre me tiram o ar
soubesse eu dar todos os abraços ainda que aflitos
e acompanhar-te sempre no teu doce caminhar
Teria o sossego que tanto procuro e me escapa dos dedos
rente ao convés do barco onde te cubro, minha pele
falar-te-ia do mar do vento de nós e dos segredos
que guardo na saudade do abraço que nos damos, sabor a mel.
Como gosto de ti, Pedro!
27 de Maio de 2010 04h11min00s WEST
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