27 de maio de 2010

mEuAm0rDeMiM


Saberei eu lançar-te a passadeira do amor?
A que se pisa de mansinho,
Ou de grito feito...
A que nos serve de ninho,
Nos aquece e pinta o peito?
Saberei eu, meu amor de mim?
Em cada rima o sorriso lindo,
Ou silêncio pousado
Dizer-te que como meu coração vai indo
Deste lado,
Do Outro Lado?
Que da vida, somos passo, aperto e nó...
Com tantas memórias
E janelas,
Vitórias
Aguarelas
Coisas tantas e mais
Nunca poucas nunca demais...
Uma enchente forte de inquietação
Um murmúrio da nossa canção
A linha ainda ardente
Deste futuro da gente
Que passa, aperta e fica assim,
Eterno leito e jardim
Cores infinitas no olhar
No reflexo de cada dia
Plenitude por companhia
De tudo se refazer de cada vez
Entre o que se tem e o que se fez
Neste verbo mais-que-perfeito: amar
E nós, meu amor de mim
Estamos sempre a começar!

3 comentários:

Maria disse...

Há mais de duas horas a procurar as palavras certas e não as tenho. Apenas sinto.
E este teu poema é tão especialmente bonito que acho que não me vou atrever a comentar como às vezes faço. Porque é um amor mais-que-perfeito, sempre a começar.

Apetecia-me abraçar-te tanto...

Filoxera disse...

Saberás, certamente, lançar-lhe
A passadeira do amor
A que vos serve de ninho
Ou a que é grito de dor

Um beijo.

M(im) disse...

É vermelha e teceste-a com palavras.
Tão lindas que dá pena pisá-las.
Mas se a queres estendida - já reparaste que assim está? - feliz daquela que terá a honra de a atravessar.

Para variar, um hino. À beleza que as palavras contêm e à mestria de quem a sabe tão bem desnudar!

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...