Em frente ao espelho. De nudez feita lágrima pesada. O meu caminho é um espaço velho... Já cansado de tanta rima amassada...
Em frente à janela. De sorriso cristalino e sedução. O meu caminho torna-me a sentinela... Da minha própria asfixiada canção...
Em frente à palavra. De mãos calejadas e roídas. O meu caminho não se faz nem se lavra... Porque morre aos poucos nas ilusões perdidas...
Em frente ao mar. De pés descalços em cheiro de molhada terra. O meu caminho só se faz a caminhar... Entre o tanto que esta inquietação encerra...
Em frente ao horizonte. De silêncios estafados e sonhos também. O meu caminho ruge no rio entre a foz e a fonte... Com tudo o que vai, com tudo o que vem...
Em frente a ti. De mim, sabes-me assim. O meu caminho é entre o aí e o aqui... Por isso sou vento no teu jardim!
NOTA DO AUTOR: Este é um poema de saudade. Que o meu caminho já não se faz sem abraços...
7 comentários:
Este podia ser o meu caminho.
Esta podia ser a minha saudade.
Mesmo nos silêncios nunca estás sozinho
E os abraços serão sempre verdade.
Também o meu caminho já não se faz sem abraços. Muito menos sem TI!
Abraço-te, tanto, e com saudade...
Pedro
Pelo caminho...lágrimas incontidas,sorrisos partilhados e saudades silenciadas...
E...não vejo as palavras...
.
.
.
Deixo o Meu ABRAÇO(Grande)
e
Desejo um bom fim-de-semana
Continua a caminhar, Pedro.
Ainda que com inquietações, com ilusões perdidas, com canções asfixiadas.
Mas com silêncios, com abraços e com sonhos, que te demonstrem que o amanhã traz sempre um novo sorriso, um novo vento, um novo caminho...
Deixo-te um sorriso.
Uma caminhada difícil, mas que o Senhor ajudará a suavizar.
Deixo-lhe um beijinho.
Ailime
Pedro,
os caminhos VIDA são escolhos e esperanças, misturados com dor e alegria... temos que ir sabendo 'temperar' os 'ingredientes'... como por vezes digo, com um pé bem assente no chão e um braço tentando sempre agarrar a lua...
texto poema fantástico! e são bons ventos, os teus :)
bom Domingo e melhor semana.
um abraço e um sorriso :)
mariam
O mar...sempre o mar, esse aliado por vezes desalinhado do nosso norte, do nosso olhar.
Neste construir, que escreves em paredes cristal...sabe bem parar...e ler o teu "teimar" valioso.
Um abraço
«Em frente a ti. De mim, sabes-me assim.»
Todos temos um caminho desenhado num espelho. Feito das lágrimas que enchem os olhos que nos olham. Superfície cristalina de reflexo, lágrimas que não se precipitam para nºão se desfazerem de nós. Do nós que os outros aceitam ver, sabendo-nos alter por detrás do ego.
Entre o aqui e o aí, uma imensidão vazia para a alma. Um labirinto atulhado de obstáculos para os pés. Que tropeçam.
Fala com a tua alma. Pede-lhe que te dê a mão e te eleve no vento que és quando refrescas os jardins.
E deixa a canção asfixiada soltar-se quando abrires o sorriso numa rima reinventada.
Magnífico texto.
Profundo sentir.
Enfim... o costume.
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