12 de maio de 2010

sAbErEi?

Saberei eu de mim, tanto que me procuro?Perdido entre o mar de ti e o labirinto da noite que me chama...Cansado dos passos e dos versos no escuro.Nos silêncios que ainda não se deitaram na minha cama.Saberei eu de mim, tanto que me perco?Arrebatado nas horas infinitas e na embriaguez que inflama...Morto e sem tempo, livre neste cerco.Nos silêncios que ainda não se deitaram na minha cama.Saberei eu de mim, tanto que me escondo?Vagabundo fugitivo no seu próprio drama...Pergunto, pergunto e nunca mais me respondo.Porque os silêncios não se deitaram na minha cama.

4 comentários:

cristal disse...

Saberei de mim?
Saberei dos cansaços?
Saberei dos silêncios?
Saberei da saudade?
Saberei dos passos?

Apenas sei que existe o Mar...

Apenas sei....destas palavrasquesemprenosunem!

BELÍSSIMO, Pedro


Abraço GRANDE

M(im) disse...

«Vagabundo fugitivo no seu próprio drama»
PODEROSA imagem.
Poderosas palavras, todas.
Como sempre.
Parabéns

Maria disse...

Sem saber de ti caminhei toda a noite
Perdida de mim sem a noção do tempo
Andarilha vagabunda à chuva como açoite
Mas abro a minha cama para que se deite o vento
Sem saber de ti caminhei pelas escarpas
Ouvindo o mar como se fosse um lamento
De longe chegava-me um som de harpas
E abro a minha cama para que se deite o vento
Sem saber de ti regressei aos meus medos
Perdida dos abraços dos beijos e do tempo
Refaço-me teço-me escapo-me dos teus dedos
Porque abro a minha cama para que se deite o vento.

Beijo-te. Muito.

mariam [Maria Martins] disse...

Pedro,
Belíssimo este teu poema!

visto-me de silêncios toda a hora...
para de mansinho não me fazer notada..

o que a Maria escreveu é divinal! Parabéns Maria :)

um abraço Pedro,
um sorriso a todos :)

oTeMp0

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