26 de julho de 2010

lEnTo

Deixo o tempo passar neste tempo onde o tempo parece nem se sentir. Sou solidão dentro da minha história. Não reconheço o vento. Fico caído no silêncio de tantos gritos. E depois, ao adormecer, ouso não sonhar. Procuro-te no tempo que passa neste tempo onde o tempo parece não se sentir. Sou embriaguês no desencontro completo. Não procuro lágrimas, nem memórias, nem nada... Fico perdido e vagabundo ao sabor desta vertigem do nada. E depois, ao adormecer, sussurro o teu nome só para me aconchegar.

4 comentários:

Maria disse...

Lentamente me ponho ao caminho, deixando para trás alguns amores. Vejo o tempo correr à velocidade do relógio ou da lua. Sabes que nunca te deixarei sozinho, e que farei minhas as tuas dores. Respiro fundo, os cheiros entranham-me e sou tua. Quem sabe de nós senão o tempo do verbo amar... por isso te quero assim, talvez para me aconchegar...

Beijo, Pedro.

Lídia Borges disse...

"E depois, ao amanhecer, ouso não sonhar."
Não o faças!
Tuas palavras estão repletas de sonhos e o tempo trará o tempo de os realizar.


Um beijo

M(im) disse...

Num sussurro deixo o tempo
Esvair-se sem se gastar
Enquanto procuro encanto
Neste ficar sem estar.
Num sussuro te invento
Para me poder enrolar
Em manta tecida de espanto
Bordada do sonho de amar
Num sussurro molho o céu
Deixo a memória inventar
Num feitiço meu e teu
Uma lágrima sem chorar.

Bom ler-te, Pedro. Sempre alma adentro, nessa força, nesse grito!

... a cada instante ... disse...

O Tempo que tudo destrói. O Tempo que nos deixa perdidos e estilhaçados ao vento...

Abraço.

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...