15 de julho de 2010

tEmPo11

Nem um segundo o tempo me devolveu
Levou-me todas as letras que inventei um dia
Carregou-se de memórias em tarde fria
Comeu-me as linhas da minha agonia
Silenciou-me o peso que ainda é meu...
.
Nem um tempo, por segundos, voltou atrás
E continuo neste rio infinito
Entre o esquecimento e o grito
Qualquer coisa de cantar aflito
E não sei viver. E não sou capaz...
.
Nem nada. Nem hoje, nem amanhã, nem daqui a um mês
Sei que o tempo é um conjunto de segundos amargurado
Uma dose de pele, mais que morto, cansado
Nas résteas do que me sobra do outro lado
Para que uma noite quisesse renascer-te só mais uma vez...

5 comentários:

Ana disse...

Como se fosse para sempre...

Maria disse...

Nunca o tempo voltou atrás. Jamais voltará. O que se vive está vivido, o que não se viveu não tem retorno.
Nunca o tempo se repete. Saberemos viver cada minuto como se fosse sempre o último, saboreá-lo até ao fim.
O tempo é pele. Sim! Mas pele que se renova, se quisermos e deixarmos. Vamos deixar que o tempo se cumpra. E que a pele volte a brilhar num sorriso...

Filoxera disse...

O tempo é inexorável. Não devolve nada.
Mas a memória aquire novos contornos no tempo, e permite a lembrança do que foi bom e a suavização do que de menos bom se viveu.
Exalta o que de bom a vida te proporcionou e deixa cair o que fere.
Um beijo.

Anónimo disse...

Olá Pedro.
O Tempo, aquele que tudo leva, volta a devolver-nos um dia.

Não estou no meu melhor, mas estou aqui.
abraço-te no conforto que a palavra nos dá.

Maria disse...

Hoje apetece-me abraçar-te. Muito.
É isso que faço agora mesmo...

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...