A porta vai bater!
Como quem atira um suspiro...
O meu peito, esse, só sabe arder
Em cada segundo que, mesmo chorando, respiro.
Ficam os gritos,
Tombam os sonhos,
Cantam as aves,
Ouvem-se os cacos aflitos
Que rompem os sorrisos medonhos
No desassossego dos gestos suaves
Que talvez saibam acontecer...
A porta vai bater!
O ramo vai partir!
Como quem morre outra vez...
O meu sangue não quer mentir
Pintado numa tela que já se desfez.
Guardam-se os passos,
Chama-se o veludo,
Carrega-se o manto da vida,
Entoam-se os poemas dos estilhaços
Que navegam perdidos entre o nada e o tudo
E não se juntarão à deriva
Só para de novo existir...
O ramo vai partir!
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