Em todos os momentos de mim, há um sussurro de ti. Há ainda o calor do teu colo. O sangue do parto. Mas não me farto. Não, mãe. Existes assim. Não há morte no teu fim.
Em todos os momentos de mim, há este grito da partida. Há um clarão na tua lembrança. Sou criança, mas choro. Mas não me demoro. Não, mãe. Que ter-te é um jardim. Não há morte no teu fim.
Em todos os momentos de mim, há o futuro. Há o canto e o abraço. O amor, a viagem e os sonhos. A mistura cheirosa das ruas de Paris. Mas sou feliz. Sim, mãe. Porque invento o mundo.
1 comentário:
Há dois dias cantei aqui
'ó Mãe, o que é o medo'...
Abraço-te.
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