19 de novembro de 2006

PoBrE h0mEm


Pobre Homem que não sabe desenhar...
Que inventa as linhas dos outros à sua vontade...
Porque não pensas, simplesmente, em cantar
Em vez de te preocupares com a verdade?

Pobre Homem que não quer desenhar...
Que se distrai assim, julgando-se eterno...
Porque não pegas no lápis sem corar
E não inventas um outro inferno?

Pobre Homem que não pode desenhar...
Que inventa a vida de olhos fechados
Porque não desaguas sem nunca chegar
No espelho dos teus sonhos e dos teus fados?

Pobre Homem... desenha solto e não fales!
Que o silêncio é a sinfonia do olhar
Que tudo o que é azul e males
Se refaz nas linhas de cada desenhar...

2 comentários:

HNunes disse...

White, benvindo... É um prazer ter-te por cá, pelo menos assim vamos acompanhando a tua veia de escritor.
Pobre do homem que escreve só para si e não partilha.
Feliz o Amigo que na sua imensa dor, escreve para a lamentar e canta para a chorar. Esse, descobre em cada olhar, em cada rosto, a verdade do que escreve.
Feliz do escritor e cantor que em nós ouve o eco de todo o seu sentimento e com a nossa voz adormece, escutando as palavras que em silêncio escreveu.
Jokas

kelly disse...

bem vindo;)

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...