Foi naquele fim de tarde que ele resolveu tudo. Levantou o olhar. Decidido. Bebeu de um só trago o resto da cerveja fresca que o acompanhava no lamento. Vestiu-se e saiu. Os seus passos eram firmes e velozes. Por isso chegou depressa. Tocou à campaínha. Nervoso. Assim que ela abriu a porta olhou-a nos olhos. "Aqui estou.", disse meio a medo."Vieste?", interrogou ela. "Sim. Dou a minha vida por ti, já sabes.", afirmou. "Não quero um vazio em corpo de homem. Desculpa. Vai-te embora.", e fechou-lhe a porta. Como na hora do parto, ele deixou-se então ficar sentado nas escadas do prédio. Sem querer voar de novo. Agora só desejava encontrar-se. Para voltar? Quem sabe...
10 comentários:
Para voltar. Sim.
Beijo.
Quando nos sentimos vazios temos de nos encontrar, sim, quem sabe para voltar...
Beijo, Pedro.
Certíssimo. Antes de amar alguém temos que nos amar a nós próprios. Talvez não volte porque não se encontrou...
Apesar de tudo...para voltar,...sempre!!!!
Beijo
Quem sabe...
Beijo Silencioso
Há alturas na vida em que vivemos o vazio com toda a sua imensidão. A vontade de voar voltará quando souberes onde ficaste perdido...
Sei o vazio de voos rasos
Sei a demora da procura
E o denso silêncio que nos habita
Voltarás.
Sabes...
Mesmo que a porta se volte a fechar.
seria mais correcto ter escrito "agora só desejava encontrar-se". desculpe o reparo. agradeço as suas visitas no meu blog. um grande beijinho.
E chegou a partir alguma vez?
Chegou mesmo?...
Beijo-te...
Que bom ela ter voltado... e teres-te encontrado.
Um abraço
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