2 de maio de 2007

RuÍnA


Procuro as vozes nos silêncios das noites.
Às voltas em mim. No desespero de mim...
Vasculho nas portas. Nos limiares das tempestades mudas.
Às voltas em cada acorde de jasmim. Do fim...

Procuro-te, ó noite de tamanha inquietação!!
Para depois te contar do descanso do guerreiro.
Da dor de mais um preciso momento em que me vi
Embriagadamente por inteiro. Certeiro...

Procuro-me, ferozmente mordendo o lábio
Que outrora te beijara cheio de calor.
Nos reflexos penetrantes das memórias
Percorridas em direcção a um outro amor. Se for...

Pro curo-me? Nunca!
Só nesta doença vive parasita cada ferida de existir.
Sem ti. Contigo. Perto. Longe. Calado. No grito
Que te envio a cada vontade de fugir...

8 comentários:

Entre linhas disse...

É nos silêncios da noite que ouvimos turbilhões de ruídos.

O guerreiro não descansa,fica embriagado pelo tormento da noite.

Bjs zita

Maria P. disse...

Até no silêncio cabe um som, basta saber sentir.

Maria disse...

No desespero de mim, procuro-me
Na inquietação da noite, encontro-me
Aqui. Contigo.

Um beijo, Pedro

Anónimo disse...

Apaga esse NUNCA, que ficou por cima do calor desse beijo ...

BEIJO

Paula Raposo disse...

Hoje fico sem palavras...

tufa tau disse...

que guerra essa que te traz tão oscilante... tão aceitante que qualquer condição?
quão distantes estão "contigo e sem ti"...
não fujas, guerreiro!
enfrenta a guerra, que voltará a ser de beijos.

Som do Silêncio disse...

É no Silêncio da Noite que por vezes encontramos as respostas que precisamos...

Beijo Silencioso

Claudia disse...

E é tão difícil encontrarmo-nos...tão difícil.

O meu beijo

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...