ELE:
Foi no silêncio do meu choro que te reencontrei. Senti de novo o sabor do teu toque e de repente toda a minha memória estava ali, colada a nós. E as lágrimas fizeram-se ao mar numa secreta aguarela que pintou os meus olhos eternamente. Desejei o passado. Ontem. Aquele dia em que diante das ondas eu conseguia saltar. Perto de mais de ti o meu sorriso é um grito. E eu morro mais uma vez.
ELA:
Não voltes de tão longe. Os regressos sabem a um mel demasiadamente corrosivo e a minha pele enrugou-se de ti. Fica no teu lugar. Longe. Ali, juntinho a todas as palavras que se fazem verso na distância. Coloridas desta dor de te amar. Carregadas desta suada espera da morte.
10 comentários:
Ele reencontrou-se o passado virou presente trazendo com ele todas as memórias e a força de um sorriso diferente...
Ela prefere a distância, não por um amor menor, só uma Mulher sabe o quanto doi pedir não voltes de tão longe...
Porque a dor do amor pode de facto ser colorida, ela inspira as palavras, os poetas e a própria vida.
Mas eu no lugar dele, voltava, nem que fosse de muito longe e dava-lhe a cor do amor...
Pensamentos de uma Mulher :)
Beijo Pedro
Há reencontros e encontro...Beijinho
Salomé
a saudade encontrou-se, abraçou-se, e chorou em duas lágrimas...
um beijo
Em linguagem de mulher, ELA que te ama, quer que voltes. Mas há algo que tens que mudar, porque lhe provocas(te) dor. Por isso te prefere esquecer. ma não deve conseguir tão depressa...
ELE , não sei se estará preparado, se ainda ama, se quer de facto regressar..ou se está encantado no mundo das memórias felizes, qu não nos deixam avançar, nem ver claro.
Preferível que ELE tente os sentires, para perceber, se as lágrimas libertam ou afogam.
No silêncio...
Vêm à memória doces recordações de sorrisos e abraços...
Também hoje desejei o passado...
( e também desejei que as lágrimas não fossem tão teimosas...)
Obrigado Pedro
Um Abraço XXL e um grande sorriso :)
Foi no meu grito que te perdi. E de tantas lágrimas fiz-me rio e desaguei-me no mar que és. Para onde vou, sempre. À procura do teu abraço que já não tenho. O que me resta de ti é o teu cheiro nos lençóis onde me deito e a saudade do amor que não tivemos tempo para nos dar. A pele, a tua pele, continua colada à minha. De tanto te amar. Na espera suada da morte.
Um beijo, Pedro
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ele: queres?
ela: e tu, queres?
ele: que achas?
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ela: deita a cabeça no meu colo. descansa...
ele achonchegou-se no colo dela. abraçou as suas pernas.
ela afagou-lhe os cabelos. desejou que os pensamentos dele voassem. desejou que, no seu colo, fechasse os olhos. sentiu-se bem, mesmo sem saber se os seus desejos se realizaram.
Bravo! Que tocante. Arrepia.
E então isto: "E as lágrimas fizeram-se ao mar numa secreta aguarela que pintou os meus olhos eternamente." - nada digo, Pedro. Lindo demais.
Pungente esta dor do reencontro.
Mas tão bonita de ler.
Veludinhos azuis
Excelentes perspectivas...
também gostei muito da interpretação da *anamar.
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