Esquecendo o brilho do olhar
Queimaste toda a beleza do mar
Arrancaste à alma o seu respirar
A tua voz perdeu o cantar
E o meu colo perdeu o seu regaço...
Passas por mim pesada e feia
Atiro-te um beijo devagar
Não sou de esquecer o tempo amar
Nem sair de um abraço depois de entrar
Mesmo que seja assim devagar
Estarás sempre na minha teia
Não quero viver assim inquieto e triste
Neste fogo cinza que me anda a queimar
Em todos os momentos do meu pensar
Fritando-me o sangue sem desaguar
Calando-me a dor sem me pôr a gritar
Vou-me embora só. Nada mais em nós resiste.
Queimaste toda a beleza do mar
Arrancaste à alma o seu respirar
A tua voz perdeu o cantar
E o meu colo perdeu o seu regaço...
Passas por mim pesada e feia
Atiro-te um beijo devagar
Não sou de esquecer o tempo amar
Nem sair de um abraço depois de entrar
Mesmo que seja assim devagar
Estarás sempre na minha teia
Não quero viver assim inquieto e triste
Neste fogo cinza que me anda a queimar
Em todos os momentos do meu pensar
Fritando-me o sangue sem desaguar
Calando-me a dor sem me pôr a gritar
Vou-me embora só. Nada mais em nós resiste.
Dou-me sempre por inteiro, na verdade total e sem limites.
Esse é o meu perigo.
É próximo demais do precipício...
16 comentários:
Sei-te intenso e inquieto.
Mas este poema é quase sufocante.
Estendo-te as minhas mãos, talvez demasiado perto do precipício...
... agarra-as, que eu seguro-te.
Um beijo, Pedro
Pedro, a «maria» pede para lhe agarrar as mãos, pois eu tomo a liberdade de agarrar a aba do casado da «maria» para ajudar a segurá-lo melhor.
o poema, pode bem ser o mote para um livro (romance). belo
um sorriso :)
Pedro
Por vezes perde-se o brilho no olhar e coisas acontecem que nos roubam o sorriso...
Mas, tal como diz:
"..Não sou de esquecer o tempo amar
Nem sair de um abraço depois de entrar..."
Então receba o meu ABRAÇO tamanho XXL
e
.... continue a cantar o Amor dessa forma tão bela a que já nos acostumou...
Obrigado e fique bem
Não são só aspalavrasquenosunem também osgestosnosunem por isso deixo um: abraço*
Nem sei do que gostei mais: se do poema se da nota final.
...Dou-me sempre por inteiro, na verdade total e sem limites.
Esse é o meu perigo.
É próximo demais do precipício...
Aqui está algo que nos une.
Darmo-nos demais deixa-nos vulneráveis, on the edge, próximo do precipício.
Como eu o entendo.
Beijinhos e veludinhos azuis
Adeus é uma despedida definitiva.
E como entendo, que por vezes temos que partir, ou deixar que alguém parta, para nos encontrarmos na paz que precisamos, para voltarmos a sentir...tal é a dor que nos deixa quase indiferentes.
Sim, como entendo essas palavras de libertação , do ter que ser, mesmo sem querer.
Mas, apesar de toda a vulnerabilidade e de todos os precipícios em que nos arriscamos a mergulhar, vale a pena a entrega no todo. Só assim vale a pena...(De outra forma, seria um empréstimo de nós e nunca uma entrega em partilha sem esperar devolução...)
Bj
mas sem uma dádiva completa...o amor fica incompleto!
O problema é quando não se consegue calar a dor.
beijos
Pedro, as palavras ajudam, reanimam, o amor é uma procura, talvez esteja sempre por escrever também, por isso será sempre o caminho dos poetas. Beijinho.
Persiste tu... nada mais importa
.
.
.
so tu mesmo em ondas de revolta
bjo doce
Pedro - este poema, de tão intenso - chega a doer.
Beijinhos
Como eu te compreendo Pedro!
O meu dar também é assim. Total, sem limites e sempre à beira do precipício...depois não há quem aguente esta queda pelo abismo...
Beijos
Lamentavelmente não me tem sido possível visitar este blog com tanta assiduidade quanta ele merece e que eu gostaria.
Fica, no entanto, a promessa de um regresso em breve para uma leitura pormenorizada.
Até lá ficam os desejos de tudo de bom e um excelente fim de semana.
Beijinhos e até breve.
;O)
vim só dar um abraço
e desejar bom-fim-de-semana
um sorriso :)
mariam
Deslumbrantes sentidos que este poema evoca. Dar-se por inteiro nunca é erro. É sempre na esteira da solidão, na ausência que saem as melhores construções, ainda que edificadas com dor, choro, nostalgia ou outros efeitos da Arte da despedida. Porque saber despedir é uma arte,
doce bj
Sandra Ferreira,
Compreendo-te. O precipício está sempre aqui ao lado...
Um abraço.
C.
Enviar um comentário