29 de novembro de 2009

AmInHaSoLiDã0


Cada silêncio da minha solidão
Pode ser um verso ou um deserto
Pode ser o meu grito mais certo
O calo maior que tenho no coração
.
Cada morte da minha solidão
Pode ser um doce forte ou um jardim
Pode ser uma história ainda sem fim
O colo maior que tenho no coração
.
Cada fogo da minha solidão
Pode ser um canto de luta e coragem
Pode ser um horizonte, uma viagem
O calo maior que tenho no coração
.
Cada passo da minha solidão
Pode ser um encontro em ti presente
Pode ser um abraço vermelho e quente
O colo maior que tenho no coração
.
Cada solidão pode ser eu assim vestido
E tudo regressa a mim assim perdido
Pode ser uma dor que amanhece sozinha
Cada solidão que faço nossa, faço minha!

3 comentários:

Maria disse...

Cada grito da minha solidão cala-se quando te leio.
És tão Grande, Pedro...

Abraço-te

Anónimo disse...

Olá. Gosto de chegar aqui, sentar-me e ler-te.
é um momento de poesia.
gosto. porque sim.
não te sei comentar. como tantas outras vezes. mas sei sentir. sinto cada palavra á minha maneira.

beijos Pedro

Lídia Borges disse...

Sempre uma revelação, o que escreves!
Interessante este poema com um cunho mais clássico inscrito na anáfora, na rima e na estrutura.
Quanto à imagética já a identifico contigo pelos elementos recorrentes da tua lírica.

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...