Cada silêncio da minha solidão
Pode ser um verso ou um deserto
Pode ser o meu grito mais certo
O calo maior que tenho no coração
.
Cada morte da minha solidão
Pode ser um doce forte ou um jardim
Pode ser uma história ainda sem fim
O colo maior que tenho no coração
.
Cada fogo da minha solidão
Pode ser um canto de luta e coragem
Pode ser um horizonte, uma viagem
O calo maior que tenho no coração
.
Cada passo da minha solidão
Pode ser um encontro em ti presente
Pode ser um abraço vermelho e quente
O colo maior que tenho no coração
.
Cada solidão pode ser eu assim vestido
E tudo regressa a mim assim perdido
Pode ser uma dor que amanhece sozinha
Cada solidão que faço nossa, faço minha!
3 comentários:
Cada grito da minha solidão cala-se quando te leio.
És tão Grande, Pedro...
Abraço-te
Olá. Gosto de chegar aqui, sentar-me e ler-te.
é um momento de poesia.
gosto. porque sim.
não te sei comentar. como tantas outras vezes. mas sei sentir. sinto cada palavra á minha maneira.
beijos Pedro
Sempre uma revelação, o que escreves!
Interessante este poema com um cunho mais clássico inscrito na anáfora, na rima e na estrutura.
Quanto à imagética já a identifico contigo pelos elementos recorrentes da tua lírica.
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