5 de abril de 2010

bRiLh0

Não me roubes este silêncio de tanto que tenho para te dizer
Neste sufoco entre o acordar e o amanhecer
Em que me perco, no vendaval de um vulcão...
Não me cegues nem me arranques mais os minutos do meu beijo
Neste caminhar inquieto rasgado em fogo de poema e desejo
Em que me encontro, de cada vez que te faço canção...
Não me peças nada. Que a minha vida é um céu aberto
Nesta fome de ti, entre o berço e o sonho incerto
Em que me perco, sem saber qual a minha razão...
Não me tires o mel se o vento é tão breve e tão forte
Neste mar em que navegamos e onde não existe Sul ou Norte
Em que me encontro, nas marés do meu coração...

8 comentários:

Maria disse...

E como é bom perderes-te em vendaval, mesmo sem saberes qual a razão
E depois encontrares-te, nas marés em que fazes cada canção...

Abraço-te
com saudades...

Lídia disse...

... é bom manter o brilho no nosso olhar. Somos mar.

Mª João C.Martins disse...

Mergulhar nos sentidos, tem esse marear de vida, ao sabor das vagas mais ou menos impetuosas do coração. Às vezes somos a serena espuma que se espreguiça na areia quente, outras, somos marmoto de tudo e tanta coisa, que anda à deriva dentro do coração.

Um abraço
Gosto imenso de ler a sua poesia... imenso!

M(im) disse...

E tanto - tanto - que dizem alguns silêncios...
Arrebatador, como sempre.
Es um encantador de palavras.
Sóis e estrelas, para teres sempre luz e inspiração.
G...

Maria P. disse...

E brilham as tuas palavras...

Beijinho, Pedro*

Filoxera disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
cristal disse...

Simplesmente...BRILHANTE!!!

(e vou saindo silenciosamente...)


Abraço, Pedro

Anónimo disse...

é este teu brilho que nos encanta.
é tão lindo este brilho que se sente apenas.

um beijo

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...