Qual a cor do vento, Maria?
Branco de saudade ou vermelho de amor?
Azul de mar ou amarelo de flor?
Talvez saiba um dia. Um dia...
Qual o sabor do vento, Maria?
Verde de relva ou roxo de pintura?
Cinzento de angústia ou laranja de ternura?
Talvez saiba um dia. Um dia...
Qual o canto do vento, Maria?
Grená como um pássaro ou castanho de terra?
Rosa de beijo ou negro de guerra?
Talvez saiba um dia. Um dia...
Diz-me, que os versos são dor em mim
Porque há tanto vento no meu peito
E mesmo sem saber a cor direito
O guardo aconchegado, em tons, sabor e voz de jasmim!
6 comentários:
Guarda-o, sem te emportares com a sua cor.
Guarda-o, porque ele te pertence.
E te guia nas palavras com que nos presenteias em prendas de poesia.
Um beijo.
Lindo ... :)
Pedro,
... esse vento não tem cor, forma, porque encerra todas as cores, sons e sabores do sentir...
.lindo o que escreves!
.como sempre.
.adorei.
beijinhos
mariam
Quando eu souber da cor do vento
e o vir passar na minha rua
pedir-lhe-ei que entre, com tempo
e cubro-o com uma manta, a tua
Quando eu souber do sabor do vento
guardá-lo-ei fechado no coração
para que possas saborear, com tempo
e fazer-lhe um poema, talvez uma canção
Quando eu souber do canto do vento
seja na montanha, no campo ou no mar
escrevê-lo-ei na areia, a tempo
de vir uma onda rebelde e o apagar.
Para que tu possas descobrir, um dia
Que o vento, se quiser, também é poesia.
Um vento assim sereno,
Como uma leve brisa
Pinta no poema as cores
De que o coração precisa.
Tenho lido, mas aqui não gosto de fazer barulho para não incomodar.
Um beijo
adoro a forma como falas do vento.
um dia... vou-te falar dele ao ouvido:)
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