22 de maio de 2010

TaLvEzUmDiA,mArIa...


Qual a cor do vento, Maria?

Branco de saudade ou vermelho de amor?

Azul de mar ou amarelo de flor?

Talvez saiba um dia. Um dia...

Qual o sabor do vento, Maria?

Verde de relva ou roxo de pintura?

Cinzento de angústia ou laranja de ternura?

Talvez saiba um dia. Um dia...

Qual o canto do vento, Maria?

Grená como um pássaro ou castanho de terra?

Rosa de beijo ou negro de guerra?

Talvez saiba um dia. Um dia...

Diz-me, que os versos são dor em mim

Porque há tanto vento no meu peito

E mesmo sem saber a cor direito

O guardo aconchegado, em tons, sabor e voz de jasmim!

6 comentários:

Filoxera disse...

Guarda-o, sem te emportares com a sua cor.
Guarda-o, porque ele te pertence.
E te guia nas palavras com que nos presenteias em prendas de poesia.
Um beijo.

Carol disse...

Lindo ... :)

mariam [Maria Martins] disse...

Pedro,

... esse vento não tem cor, forma, porque encerra todas as cores, sons e sabores do sentir...

.lindo o que escreves!
.como sempre.
.adorei.

beijinhos
mariam

Maria disse...

Quando eu souber da cor do vento
e o vir passar na minha rua
pedir-lhe-ei que entre, com tempo
e cubro-o com uma manta, a tua
Quando eu souber do sabor do vento
guardá-lo-ei fechado no coração
para que possas saborear, com tempo
e fazer-lhe um poema, talvez uma canção
Quando eu souber do canto do vento
seja na montanha, no campo ou no mar
escrevê-lo-ei na areia, a tempo
de vir uma onda rebelde e o apagar.
Para que tu possas descobrir, um dia
Que o vento, se quiser, também é poesia.

Lídia Borges disse...

Um vento assim sereno,
Como uma leve brisa
Pinta no poema as cores
De que o coração precisa.


Tenho lido, mas aqui não gosto de fazer barulho para não incomodar.

Um beijo

Anónimo disse...

adoro a forma como falas do vento.
um dia... vou-te falar dele ao ouvido:)

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...