18 de setembro de 2011

pArTiDaDeChEgArPaRaFiCaR

Espera-me na margem do rio, junto ao cais. Sabes que é lá que me encontro. De olhos pousados nos sonhos. De mãos fortes. O corpo ainda quente... Não te esqueças de que o rio - aquele rio - é onde moro. Mesmo longe do mar e no meio da grande cidade luz os silêncios são as marés que respiro. Encontra-me na margem do rio, junto ao cais. Vento meu que danças na pele das viagens. Existem noites que cobrem todas as palavras e dias que se inquietam em todas as ausências. As águas, a terra que faz florir os reflexos. Os barcos, os sorrisos e as lágrimas que a vida tem. Os passos adiante. O descanso encostado à parede. Os olhos que ficam... Nesta partida de chegar para ficar.

5 comentários:

Ailime disse...

Amigo,
Muito lindo, eternamente lindo!
Beijinhos,
Ailime

Anónimo disse...

As tuas viagens pela Vida são e serão sempre um encanto. é um mundo á parte. um mundo de sonhos onde eu gosto de morar.

Um beijo Pedro.
aspalavrasquenosunem continuam a tocar-me, como sempre o fizeram.

OUTONO disse...

Chegar e partir...ou partir e chegar, dois espaços de vida...onde caem momentos emoções.
O teu prazer...está na chegada da partida da palavra...quando sai da alma e, encontra a folha do teu escrever...
Como sempre...ofereces-lhe o teu abraço...rio de tinta, reflexos de um caudal infinito!

Maria disse...

Espero-te na foz do rio, onde desaguas. É lá que me encontro. De olhar pousado no futuro. De corpo inteiro. Não te esqueças que todos os rios desaguam no mar. Não importa quanto tempo levam, mas é no mar que desaguam. Onde eu te espero, rio que és. No mar onde o silêncio é interrompido pelas ondas que se desfazem no areal. Que posso ser eu, ou tu. Ou todos nós.
Percorri todos os cais e não te vi. Talvez tivesse passado a desoras. Mas foi o meu tempo. Vento meu onde respiro. Não me inquietam as ausências. Inquietam-me as presenças. As ausências são suaves, as presenças são sangue fervente que me corre (ainda) nas veias. As noites são a minha companhia, manto de estrelas que recolho a caca madrugada. Deixo fluir as águas de mim que correm como ribeiro e um dia serão rio e chegarão ao mar. É lá que pouso o meu olhar, sempre. É no mar que te vejo, que te sinto, que te amo. É no mar que me devolvo a vida. Numa chegada de ficar. Para sempre.

Maria disse...

*cada madrugada...
(é o que faz estar a chover...)

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...