1 de outubro de 2011

eMtAnTo

Num sussurro de vento, pleno de alegria
Num silêncio de sol, aberto enquanto é dia
Num olhar vagabundo, que na minha boca se anuncia
Numas mãos de poeta... e o meu corpo se alumia!

Num rasgo de sonho, eterno amor ardente
Numa trémula vertigem de sangue, misturada na corrente
Num cantar imenso, aberto e permanente
Numas mãos de poeta... nunca o tempo ausente!

Num instante apenas, soluço do coração
No mar que é meu, no medo que é chão
Num grito, num salto, num lugar feito ondulação
Numas mãos de poeta... ternura deitada na inquietação!

No fogo que me afoga nas noites de estar a sós
Nas memórias de mim, como um rio à deriva na foz
No labirinto da vida, cheia de jardins, cheia de nós
Numas mãos de poeta... rouco, cansado e sem voz!

1 comentário:

OutrosEncantos disse...

não resisto a ler-te e reler-te e reler-te.
saio sempre em frustrado silêncio por não saber socorrer-me de palavras delicadas como as tuas para "comentar-te".
abraço imenso, Pedro.

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...