Sei-te tempestade, em cada novo desalento
Fogo que varre a memória à passagem
Cratera de uma outra ilha, uma outra viagem
Lágrima que te serve de nó e alimento
Sei-te corrente, em cada grito lançado
Sobre o areal da tua inquietação
Canto selvagem, cheiro do coração
Fonte de pranto vivo e já cansado
Sei-te voz, carregada de colo e carinho
Sangue de mim, de amor e calo
Vómito, tela ou mesmo abalo
Ritual de nós, que se dá de mansinho
Sei-te aqui, agora, sempre e agora
Na volta da volta e da revolta que volta
No poema-verso de arma que se solta
Que adormece, que fica e se demora
Sei-te, assim, Maria!
SempreMaria, 28 abril 2009
1 comentário:
Sei de cada momento sentido sofrido momento vivido e deste dia há quase cinco anos. Sei de todos os sorrisos e cores flores e dos amores que no tempo amamos.
A História não se repete, mas os momentos sim. Sempre que quisermos. É assim que te sei, Pedro!
Enviar um comentário