Resta-me o poema e o amor
A saudade e a morte certa
Resta-me o sangue amarrado à dor
Sempre que o teu silêncio me aperta
Resta-me a memória e a solidão
O tempo que parece que nunca passa
Resta-me o sossego inquieto de uma canção
Quando me atiro embriagado aos labirintos da desgraça
Resta-me o espelho, luz e escuro
Forte temporal de um vagabundo cansado
Resta-me o presente em conflito com o futuro
Que ainda canta as flores plantadas no passado
Resta-me algo mais, sei lá, eu!
E por vezes esqueço cada pedaço...
Por isso resta-me o que ainda não aconteceu
Feito em tudo o que quero e o que (não) faço.
1 comentário:
É esta inquietação que me sobressalta, às vezes.
Só fico tranquila depois de te ouvir e ver o teu sorriso...
:)
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