27 de janeiro de 2014

rEsTa-Me

Resta-me o poema e o amor
A saudade e a morte certa
Resta-me o sangue amarrado à dor
Sempre que o teu silêncio me aperta

Resta-me a memória e a solidão
O tempo que parece que nunca passa
Resta-me o sossego inquieto de uma canção
Quando me atiro embriagado aos labirintos da desgraça

Resta-me o espelho, luz e escuro
Forte temporal de um vagabundo cansado
Resta-me o presente em conflito com o futuro
Que ainda canta as flores plantadas no passado

Resta-me algo mais, sei lá, eu!
E por vezes esqueço cada pedaço...
Por isso resta-me o que ainda não aconteceu
Feito em tudo o que quero e o que (não) faço. 

1 comentário:

Maria disse...

É esta inquietação que me sobressalta, às vezes.
Só fico tranquila depois de te ouvir e ver o teu sorriso...

:)

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...