14 de maio de 2007

coRrEnTe


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Por dentro deste sufoco morro mais um bocado
Arranco de mim a minha pele ardente
Esburaco o futuro por entre résteas de passado
E enterro-me só, na maré de todo o presente...
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Nem me acautelo. Assumo cada som enfraquecido
Pouso o corpo sobre mim. Pergunto-me se existe
Canto para dentro tudo o que tenho sido
Sem saber se o amor vence ou resiste...
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Morro devagar nas lágrimas dos rios de mim
Curvo-me perante a inquietação de morrer
Anseio que tudo isto chegue um dia ao fim
E que possa finalmente ter tempo de viver!
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10 comentários:

Som do Silêncio disse...

Fiquei sem saber o que dizer...
Profundo, sentido...
Já o li duas vezes e percebi que cada vez que o reler...mais agarrada fico a ele.

Beijo Silencioso

Alexandra disse...

Li, reli e perdi-me na teia destas palavras. Muito bom! Parabéns Pedro!

Beijo

João JR disse...

um beijo Pedro!

Anónimo disse...

É tarde e está escuro.
Tento "ver-te alem"
atravez desta ansia de doçura nestes teus versos,
que irão adormecer comigo agora...
-Nao sei se vou ter tempo de te viver...tal é a marcha apressada desta vida, tal é o sufoco deste meu caminho...
BEIJO-TE

ruth ministro disse...

Magnífico, como sempre...

Beijos

sonhadora disse...

Quando o crepúsculo desce e a noite cresce, o sonho faz-me suspirar.
Beijinhos embrulhados em abraços

HNunes disse...

De tempos em tempos, o tempo coloca um ponto final nalguns sentimentos, para que tenhamos tempo de viver.
Jokas

Entre linhas disse...

Poema doce,sereno,cheio de doçura.
Boa semana
Bjs Zita

Som do Silêncio disse...

Um texto muito bom!
Gostei!

Maria disse...

É lindo, é forte, é intenso.
Inquieta-me... não sei porquê...

Beijo, Pedro

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...