7 de março de 2008

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É no vazio do desejo que permaneço inquieto. Perto de mais de todas as palavras de me fugir. De todos os reflexos. Como se fosse um cavaleiro em busca do abismo, na loucura incontrolável dos caminhos de sargaço e demasiadas perdas...

6 comentários:

tufa tau disse...

o desejo é o mais inquieto dos desassossegos na incerta necessidade da fuga.
darei rédea solta ao meu cavalo para que se perca no tempo sem saber o caminho de volta.
cruzarei mares se preciso for para não me deparar novamente com o rio de águas transparentes e doces.
e em tanta corrida alucinada o meu cavalo vai tornar-se alado para que o meu caminho seja apenas ao sabor do vento.
o meu grito de perda ouvir-se-á na terra sabendo eu que em sangue e fel deixarei o rio que era meu.

Donagata disse...

Voltei como havia dito e a minha vontade pedia.
Mais uma vez gostei do sabor das suas palavras.

Twlwyth disse...

Como se foge de nós mesmos?

Maria disse...

No vazio de mim não tenho palavras para te dar, Pedro.
Apenas um enorme abraço....

nana disse...

demasiadas pedras

no caminho

que teima

em fugir






..

Maria disse...

Apetece-me deixar-te aqui esta valsinha...

Um dia, ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar
Olhou-a de um jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar
E não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar
E nem deixou-a só num canto, pra seu grande espanto, convidou-a pra rodar
E então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar
Com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar
Depois os dois deram-se os braços como há muito tempo não se usava dar
E cheios de ternura e graça, foram para a praça e começaram a se abraçar
E ali dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou
E foi tanta felicidade que toda cidade se iluminou
E foram tantos beijos loucos, tantos gritos roucos como não se ouvia mais
Que o mundo compreendeu
E o dia amanheceu
Em paz


Um beijo, Pedro

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...