9 de julho de 2008

nApArEdEbRaNcAdAtUaCaSa

Na parede branca da tua casa pousei os meus olhos
Deixei-os junto ao ramo turvo da tua janela aberta
Repousei a voz na serenata dos tempos
Perdi as horas todas, em retalhos de fonte incerta
Na parede branca da tua casa quis morrer
De vez. Quedar-me para um futuro diferente
Cansado. No turbilhão dos labirintos dos sonhos
Fraco. Perto demais da verdade de quem mente
Na parede branca da tua casa longe do mar
Que cheira a sargaço e ondas de vai-e-vém
Onde os versos se abatem e ressuscitam
Para de novo regressar ao ventre da sua mãe
Na parede branca da tua casa existe um infinito.

12 comentários:

dulce disse...

Um infinito de sonhos que se vão concretizando...pela força do acreditar, do querer e do amor.

beijo muito grande

Maria Laura disse...

Possa o turbilhão do labirinto dos teus olhos descansar nessa parede branca!

AnaMar (pseudónimo) disse...

Ciclo de vida. Em amor vivido...

Maria disse...

Lindo, Pedro.
A tua sensibilidade aqui, toda...

Na parede branca da minha casa desenho um coração vermelho, onde escrevo os nomes de todos os meus amigos...

Um beijo, Pedro

Twlwyth disse...

Uma parede que se preenche eternamente e que preenche quem te lê.

Beijo

Maria P. disse...

Belíssimo!...

Bjo*

Donagata disse...

Como gosto desta parede branca da casa de alguém...
Lindo Pedro.

Maria disse...

Parabéns, Pedro!!!!
Um beijo verde, ou melhor, de todas as cores!
Passa um dia bom

mariam [Maria Martins] disse...

Muito bonito! este ... li muito devagarinho... e reli...

Porque me fez muito lembrar, deixo-lhe
(por favor ouça a 1ª faixa "Alal� das Mari�as" - Alaladas Mariñas de UXIA)
http://uxia.calabashmusic.com/

bom resto de semana
um sorriso :)

Reticências disse...

Por cima do fundo branco deste blog existe um infinito de sentimentos desenhados pelas tuas palavras...

Adorei. Tudo.

: )

Reticências disse...

Por cima do fundo branco deste blog existe um infinito de sentimentos desenhados pelas tuas palavras...

Adorei. Tudo.

: )

Paula Raposo disse...

Muito belo este poema!!Beijos.

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...