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Não oiço as palavras do mundo
Deixo-me cair segundo após segundo
Sobre mim, pesado e moribundo
Repartido entre o manto e a enxada
Rasgo-me a cada nova madrugada
Que passo sem fazer nada
Porque um silêncio de gritos me assalta
Como se o vazio me fizesse falta
Numa febre demasiadamente alta
Fonte de tanta tormenta e sangue em bruto
De um rio solto, veloz e astuto
Que lava as minhas lágrimas enxuto
Só para de novo desaguar
Ali mesmo, junto daquele seu mar
Só dele, daquele pequenino lugar
Onde tudo se refaz a preceito
Onde cada minuto é um novo tempo desfeito
Onde cada respiração é um nó no peito
Nós somos verso e carne da emoção
Vento e sal na palma da mão
Ternura e pele em jeito de canção!
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8 comentários:
Um bonito poema!
Abraço.
Eu, apenas eu, não oiço nada...
vislumbro sombras
rasgo-me em palavras que não sei dizer
tento sentir
e sinto
mas ninguém entende
as lágrimas caem secas e transparentes porque aos olhos do mundo eu nem sequer deveria chorar...
fico-me pelo abraço que sabe bem e não exige palavras minhas...
beijo Pedro
(lindo este teu poema, diria que veio de encontro ao cinza do meu dia)
Olá Pedro,
Bonito , este poema,como tudo o que escreve e sente..
Esta foto é magnifica,um mar de emoções ...
Um beijo, Pedro
hoje o meu cântico ouve-se ao longe, como se a sua pauta dançasse no horizonte onde o sol brilha por e para mim. uma dança na linha das águas sem ondas e sem tormentas. na ténue e prolongada passagem entre o dia e a noite. no momento em que a luz mergulha no mar sob os meus olhos e reflecte o avermelhado da paixão.
e os meus olhos ficam cheios! tão cheios se mostram... prestes a rebentar em lágrimas de sal coloridas e alegres. como pode uma só lágrima sê-lo? hoje banho-me nos choros benfazejos. os choros dos sonhos, dos momentos inesquecíveis, dos momentos de todas as verdades... dos meus choros.
hoje sinto-me de novo dona da minha estrada. aquela que quero percorrer de mão dada com as palavras. porque hoje, foram elas que me fizerem ser feliz.
um beijo grande, pedro
gostei de te ler... muito (como sempre)
até sábado
luísa
Pedro
Emoção à flôr da pele, cantada assim..ternamente à beira-mar!
Gostei muito mesmo.
Um Abraço
Pedro,
é emoção o que se sente ao ler(re)ler este poema feito "mar... ternura... sal... nós no peito... e ... pele em jeito de canção".
Muito bonito!
Obrigada.
um abraço e um sorriso :)
mariam
Abraço-te. Abraço-te. Abraço-te. Abraço-te. Abraço-te. Abraço-te. Abraço-te. Abraço-te. Abraço-te. Abraço-te. Abraço-te. Abraço-te. Abraço-te. Abraço-te. Abraço-te. Abraço-te. Abraço-te. Abraço-te. Abraço-te. Abraço-te. Abraço-te. Abraço-te. Abraço-te. Abraço-te. Abraço-te. Abraço-te. Abraço-te. Abraço-te. Abraço-te. Abraço-te.
As vezes que nos apetecer.
Aconchego. Colo. Aconchego. Colo. Sempre. E outra vez. Aconchego. Colo. Aconchego. Colo. Sempre. E outra vez. Aconchego. Colo. Aconchego. Colo. Sempre. E outra vez. Aconchego. Colo. Aconchego. Colo. Sempre. E outra vez. Aconchego. Colo. Aconchego. Colo. Sempre. E outra vez. Aconchego. Colo. Aconchego. Colo. Sempre. E outra vez. Aconchego. Colo. Aconchego. Colo. Sempre. E outra vez. Aconchego. Colo. Aconchego. Colo. Sempre. E outra vez.
E tu sabes.
E o resto já sabes.
Ternura e pele. Pele ternura. Ternura e pele. Pele. Pele.
E um beijo, Pedro
Às vezes todas as horas se transformam em madrugada.
Espero que corra tudo bem amanhã.
Beijo
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