10 de fevereiro de 2009

SiLêNcIoDaInQuIeTaÇã0


Passo perto. Rente ao passo dado entre um passo de dança e um cansaço que cansa. Recrio uma outra poesia. Um outro silêncio feito eu em cada mistério. Levo-te comigo até ao meu leito no calor do meu peito desfeito refeito sem jeito a eito deste caminho assim a direito. No voo de uma mão que se estende. Na pele que dura um segundo apenas a deixar marca. Nos sorrisos... Passo perto. De novo perto. Sempre perto. Demasiadamente perto? Nunca! Perto é ser dentro. Dentro é ser passo. Passo é ser assim. Rente a mais um soluço de sangue que se esvai entre a saudade e o beijo. Uma maré que nos enche de canto e flores. Um jardim inventado no olhar das janelas. Um horizonte infinito e clandestino. Um sossego que da inquietação nos adormece finalmente para acordar de novo num novo dia perto. Passo perto. Rente ao passo...

3 comentários:

Maria disse...

"Perto é ser dentro. Dentro é ser passo. Passo é ser assim."
Tão bonito, Pedro!
Por isso bebo as tuas palavras que tantas vezes se me colam à pele.
Por isso abro as janelas para que entre o aroma dos teus jardins.
Por isso corro na areia rente ao mar, à espera da maré de ir e vir, na minha inquietação...

Beijo de boa noite, Pedro

Carla disse...

passo de inquietação...dentro
lindo
beijos

Anónimo disse...

Um Passo Dentro da Inquietação...
Recrias poesias sempre quando passas perto da inquietação...
Passas perto de Ti (inquieto) e voltas a sentir o que estava a dormir, e acorda a saudade que parecia a dormir contigo.

Oh! Pá! escreves bem que se farta! e adoro descobrir, ou pensar que descobri cada bocadinho de ti á minha maneira.

Beijo e um abraço.

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...