12 de junho de 2009

mArEmMiM



Saberei eu inventar-me em mar


E talvez uma tempestade nascesse


Arrancando do meu peito um novo amor


Cantando marés entre ternura e calor


Só para que tudo grite e regresse


Ao mais fundo do nosso olhar...


Saberei eu inventar-me livre em corrente


Como quem agarra o tempo e o areal


Arrancando em nós o tempo seguro


Cantanto as fontes de um rio mais que puro


Que desague no limiar do bem e do mal


E a noite adormeça finalmente...

Saberei eu ser-me solitário e poeta


Pelos trilhos da nossa peregrinação


Forte onda que se entrega no abraço


Sargaços, pegadas de amor e cansaço


Maresia eterna da minha mão


Que em mim, se faz madrugada inqueita

7 comentários:

Anónimo disse...

excelente este 'mar em mim'!

nem fazes ideia dos poemas q tenho sobre o mar, inclusivé, vou procurar um escrito c este título, pertencente a um blog q tive...

gostei especialmente da "maresia eterna da minha mão".

tarde feliz, com mt mar (pk está calor e bom p/ a praia ;). um bj

Maria disse...

Bebe o mar todo com a boca e o olhar
Mergulha e beija a água fria e respira
Deixa que a areia se escape entre os dedos
E que a espuma das ondas te lamba, sarando a dor
Saberás então do azul e do cheiro do mar
Da rocha do sargaço do abraço e até da ira
Com que o mar se desfaz contra os rochedos
E o teu grito descansa por fim no colo do amor

Beijo-te, Pedro

Lídia Borges disse...

O desejo de inundar-se de Mar,

à procura de uma quieta madrugada...

Ana disse...

A madrugada que o MAR desperta nas mãos dos poetas.

Anónimo disse...

Olá!:)
Se tu souberes, dizes-me como se faz?
Eu sei que tu vais saber.
Eu quero uma tempestade. estou farta de mares calmos. quero a inquietude que já não sinto há muito tempo.
Mas se souberes dizes-me? de que é feito o teu mar?

Sweetie disse...

Ainda bem que a tua porta estava aberta, pude admirar um mar de emoções....parabéns.

Boa semana

A CONCORRÊNCIA disse...

O mar que nos acalma e nos desperta. O mar que nos saceia os sentidos.
Como eu gostava de o sentir todos os dias ...

Um sorriso para ti, e um beijo também, claro.

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...