20 de junho de 2009

oUtRaVeZn0vAmEnTe



Os meus silêncios gritam marés à solta. Em praias desertas no meio dos olhares dos Homens. São passos firmes entre chagas e calores. Entre fogos e amores por onde os meus sonhos deslizam embriagados e solitários... Cada olhar. Cada mão. Cada cantar. Cada eterna inquietação dos meus silêncios morre-me por entre a pele de cheirar a viagens. São fontes puras e frescas à deriva no meu peito. São as cores das peregrinações perdidas nas imagens das flores. As noites que se estendem sobre o leito vazio. O espelho da lua pousado sobre mim. E tudo permanece enfim outra vez novamente. Entre a máscara e o embrião...

7 comentários:

pin gente disse...

no areal da minha praia aconchegam-se conchas na subida e descida da maré. desenham trajectos de viagens esquecidas no tempo. movem-se a cada nova onda... outra vez, novamente! até que na última subida sejam esquecidas ao sol. e assim o areal se enche. de tantas conchas cheias de nada. destroços de vidas que ficaram. umas perdidas, outras gozadas!
os meus pés caminham sobre a dureza destes corpos devolvidos à terra pelo mar. um dia farão parte da areia. um dia serão grão. deixarão de desenhar contornos, deixarão de magoar os pés nas caminhadas. outra vez, novamente... serão pó!


gostei muito de texto
um beijo, pedro

Lídia Borges disse...

"Eterna inquietação" Um ponto a favor, o conhecimento que temos de nós.
Assim... "outra vez novamente" seremos capazes de ultrapassar esse lugar "entre a máscara e o embrião"

Um beijo

Maria disse...

As tuas palavras gritam silêncios.
Os teus silêncios gritam olhares.
E os teus olhares gritam palavras que ficam, tantas vezes, por dizer.
Outra vez novamente...

Um beijo, Pedro

Anónimo disse...

a inquietação é o que te faz tão diferente e especial.

gosto de te ler.

beijos

mariab disse...

e se não fora a eterna inquietação dos teus silêncios, serias tu o poeta que és?
beijos, Pedro.

ruth ministro disse...

Assim é renascer a cada nova manhã, e morrer a cada entardecer...

Beijos

Parapeito disse...

:) e novamente..sempre novamente...
Dias de brisas mansas****

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...