30 de agosto de 2009
sErÁsEmPrEdIa
29 de agosto de 2009
cHeIr0s
26 de agosto de 2009
aBrIrAsJaNeLaSdAcAsA
24 de agosto de 2009
t0nTuRa
Vento dentro de mim. Corrente.
Fogo perto do mar. Ardente.
Canto, grito de lágrima. Quente.
Passo, perdido no caminho. Ausente.
Labirinto rasgado na dor. Presente.
Vagabundo à solta na solidão. Prudente.
Peregrino na fuga do manto. Urgente.
Poeta, calado entre o Sol. Incandescente.
Segredo no rio dos olhos. Florescente.
Jardim pintado a preto. Somente…
Morte de novo na força. Da gente!
22 de agosto de 2009
mAiSuMp0eMa

20 de agosto de 2009
pReSo
Pode um rio ser um corpo, um nada?
Em corrente de memórias apenas…
Calar-se e nunca mais ser estrada
Perder a cor, as vestes amenas
Com que sempre vestiu as suas margens…
Pode um rio ser um manto de passagens?
Pode um rio ser um espelho morto, fechado?
Em túmulos presos aos seus próprios gritos…
Perder a voz, onde o retrato nem sequer é guardado
Tricotar-se em labaredas de dor e saudade, interditos
Com que sempre o vazio se veste de gala para dançar
Enquanto as chagas se vão deixando sangrar…
19 de agosto de 2009
mIrAd0uRo
Tenho um vazio no peito. Uma lava negra que cobre as flores. Um mar de qualquer coisa… nem chega a ser tempestade. O seu horizonte é um grito com que esta chaga imensa me tapa o olhar. E nem vejo. Não quero ver. O futuro tornou-se uma pintura demasiadamente pesada. E os meus passos uma embriaguez intemporal. E eu… de repente… num corpo que para aqui anda.
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Fotografia surripiada, sem autorização, ao Diogo. Mas ele não se importa.
18 de agosto de 2009

Este texto foi uma das escolhas da minha mãe. No dia 15 deixou este mundo... Não consigo escrever mais nada. Nem para agradecer todas as que fui recebendo nestes dias. Mas acreditem: EU VOU CONSEGUIR! EU VOU CONSEGUIR! EU VOU CONSEGUIR! E a minha mãe sabe disso.
14 de agosto de 2009
eSpEr0
Espero o teu nome na minha janela
Espero o teu silêncio cantado em mim
Espero-te, simplesmente, no verso de uma maré revolta
12 de agosto de 2009
NoSiLêNcIoDeMaRiA
8 de agosto de 2009
pRISã0dEtI
6 de agosto de 2009
vAgAbUnDo
3 de agosto de 2009
... -mE
Verso-me por entre ventos e tempestades
Pedaços de mim entre mentiras e verdades
Histórias sonhadas, realidades
Por onde passam os labirintos da nossa alma
Verso-me assim à solta, sem dó nem calma...
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Canto-me por entre silêncios e gritos
Passos de onda forte e aflitos
Roucos ou mudos, interditos
Por onde cada maré se desfaz
Canto-me assim à solta, e de tudo sou capaz...
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Perco-me por entre os rumos e a embriaguez
Areais do peito que sempre amou e se desfez
Coleira em algemas carregadas de porquês
Por onde tudo parte e tudo regressa
Perco-me assim à solta, sem destino e sem pressa...
oTeMp0
O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...