8 de agosto de 2009

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Não sei dos espelhos. Das vestes que no meu corpo se fizeram farda. Tudo permanece neste silêncio que amordaça os gritos de um caminhar solto à prisão de ti. Que de nós ficou o tempo e o manto. O rasgão na camisa e a merenda. Os lençóis limpos de seda ainda brilham à espera que de novo as estrelas deixem passar o sabor da tua pele. E o cesto das lembranças não canta mais a sua canção...

11 comentários:

maré disse...

encarcerados
na dureza do que falta e que embrutece os gestos.

______

tão sentidamente
pele

Beijo Pedro

Anónimo disse...

descreveste uma tatuagem de alma, feita de saudade, ausencia e lembrança...bj meu

Maria disse...

Sei apenas da pele. Do arrepio quando toco o olhar. Não sei de mim. Apenas do cansaço. E do teu cheiro que insiste em ficar nos lençóis, já frios de ti...

Um beijo, Pedro

Lídia Borges disse...

Da ausência feita deserto em lençóis de seda e estrelas.
Os gritos amordaçados desabam pelo poema fora recusando o silêncio.



Um beijo!

as velas ardem ate ao fim disse...

Um abraço apertadinho Pedro

Filoxera disse...

O cesto voltará a cantar lembranças, de amor e de silêncios cúmplices.
Um beijo.

Anónimo disse...

"...o rasgão na camisa e a merenda" - e ainda algumas espigas de trigo nas dobras das calças!

abreijo,Lina

mariab disse...

os sinais que ficam. o que não nos deixa esquecer.
beijos

veritas disse...

quando de bom ou mau algo resta, significa que se viveu...

Bjo.

Maria P. disse...

Sei daspalavrasquenosunem...

:)Beijinho*

O outro lado do espelho disse...

Sei dos espelhos em que me revejo em puzzles de mim.
Sei da liberdade em que me solto nas noites viole(n)tas.
Sei das canções que aguardo escutar.
Sei das danças sem fim.
E do luar. E sei de te ler que o mundo não acaba aqui.
E sorrio.
E vou.

(Regressarei num acorde da tua viola)

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...