29 de novembro de 2009

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Queria deixar-te um rio
Feito de calor e de frio
Uma torrente e uma fonte
Um pequeno cheiro de mim
Que fica em nós no horizonte
Que se perde sem nunca ter fim
Só para te abraçar...
Queria deixar-te o mar.

Queria deixar-te o vento
Esse que existe e que invento
Uma tempestade e uma brisa
Como um beijo de aromas e doces
Que se faz na mão mais precisa
Na mão tua como se fosses
Do tamanho do teu olhar...
Queria deixar-te o mar...

Queria deixar-te o meu peito
De amor e paixão mais que imperfeito
Um vagueamento apenas, silêncio e grito
Poema maior, o mundo!
Tudo aquilo que em nós acredito
Como um sangue vermelho e profundo
Que de tão quente nos vai desaguar
Neste rio, vento, peito e mar
Que em ti te quero e vou deixar.

8 comentários:

Maria disse...

Já me deste o tanto que não cabe nas minhas mãos. Mas cabe dentro de mim, no meu peito.
E deixas-me sem palavras, mas com rio, vento, peito e mar e tudo.
'que posso fazer por ti'?
Um olhar, ternura, abraço, e é tanto...

É sem palavras, mas com um brilho enorme de água no olhar, que te abraço, Pedro!

Aquarela disse...

Parabéns pelos poemas, profundos e limpidos!
Gostei muito!

ana claudia albergaria

CLÁUDIA disse...

Concordo que talvez a maior parte dos silêncios esteja cheia de sentidos e significados.

Mas mesmo assim, só às vezes, eles são ocos.

***

Anónimo disse...

Sabes... fiquei a sorrir. aposto que a Maria chove!

Tu és um rapaz muito meigo. Feliz de quem te tem assim.

beijos muitos

Ana Cristina Cattete Quevedo disse...

Amar é, acima de tudo, TUDO.
O que importa, o que não perece.
O que as vezes adormece, mas é constante.

Bom domingo
:)

Carol disse...

Pedro ... depois de te ler ... só digo, com um sorriso no rosto ... :)

Quero deixar-te um beijo

(Nao me deixas espaço para as minhas palavras ... ;))

Ana Reis Felizardo disse...

Dis-donc Jacques, dis le moi suvant...

Ana Reis Felizardo disse...

"Et dis-toi donc grand Jacques
Dis-le-moi souvent
c'est trop facile,
De faire semblant"

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...