1 de dezembro de 2009

c0rEs


Amarelo areia da minha solidão
Pintada num sorriso de menino
Vagabundeando sempre sem destino
Dançando as malhas de um pobre coração

Verde o manto da saudade
Carregada de pele em sedução
Que se perde sem tempo nem razão
Forte grito de amor e tempestade

Vermelho lágrima escravo de porão
Em viagens de nada, de um livro ou veleiro
Solta ignorância do meu verso derradeiro
Morte anunciada cravada nos calos da mão

Branco lábio em beijo de canção
Janela que se abre ao teu redor
Que de ti, sabemos do vento maior
Que de mim, apenas um pequeno raspão

Negro colo de idas e regressos sem fim
Ondas velhas, novas ou em vão
Labirinto que se desfaz porque não
Parideiro de um novo abraço porque sim


7 comentários:

Maria disse...

Não falas no azul... nem percebo porquê :)))
Agora a sério: as tuas palavras são sempre intensas, mas tenho neste momento muita música na cabeça: verde azul e amarela. Volto daqui a pouco para te sentir de outra maneira...

Um beijo

Maria disse...

Onde está o AZUL do mar dos teus olhos castanhos?
Onde deixaste o AZUL do amor que te consome?
Onde estão as outras cores do arco íris com que pintas os meus dias?
De que cor é o abraço? De que cor é a amizade? E que cor tem a fome?

Abraço-te, Pedro. Em Azul.

Ana Cristina Cattete Quevedo disse...

Se o amor é o colorido que faltava
Que esta aquarela de beleza dure infinitamente.
Beijo!

Anónimo disse...

Olá :)
chove muito por aqui, faz frio e está vento.
Depois deste "temporal" sabe bem todas estas cores.

Um beijo qual a cor? :))

Nem te lembraste do F.C.P.!!!
Francamente...

Ana Reis Felizardo disse...

E se o vermelho que te foi ensinado é o negro que eu aprendi? E se o teu amarelo é o meu verde? E se os nomes das cores estiverem trocados? Gostaria de perceber o mundo pelos olhos de todos!

Aquarela disse...

Parabéns, mais uma vez pelo excelente poema.

AnaMar (pseudónimo) disse...

Em azul me de(le)ito.

Em branco te sinto:sete cores num poema quente. Labirinto de memória.
Ah. E já te tinha dito?
Não?!
Então é melhor não dizer:-)

Um beijo Pedro.

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...