13 de setembro de 2010

nÃoMePeRcAs


Não me percas no silêncio da tua dor
Não há vento que seja mais eterno que a morte
Nem mesmo o desejo ou o amor
Ou tudo o que se inventa para parecer forte...

Não me percas no grito do sofrimento
Não há mais nada para além de nós?
Como se um dia o meu chorar te abraçasse lento
E nunca mais nos sentíssemos sós...

Não me percas na ausência do teu olhar
Não há marés perfeitas no que vejo
É canção solta, o abraço com que me faço acompanhar
E sangue, o perfume que nos fica num só beijo

Não me percas, não!
A vida corre-me sem sossego ou certezas
Mal sei da cor da minha pele em inquietação
Quando te vais pelo nó das impurezas...

Mas se me perderes, mesmo chorando
Deixa ficar o teu nome em mim
Para que me pergunte até quando
Terei de ter-te próximo demais do fim...

2 comentários:

Ana Luar disse...

Já pensaste que por vezes somos nós que nos perdemos das coisas que antes eram importantes?


Adorei Pedro.

Aquarela disse...

Pessoas existem que nunca perdemos e que nunca nos perdem: as que ficam tatuadas em nós!

abraço

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...