27 de setembro de 2010

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O que me espera hoje em silêncio de tanto?
Ramos de uma plantação sem vento
Rios perdidos no esquecimento
Vazios cheios de solidão e tormento?

O que me espera hoje em grito e pranto?
Flores nuas do tempo a passar
Marés de versos secos ao luar
Pedaços do meu corpo cansado de esperar?

O que me espera hoje em morte de ti?
Raízes sem a força e destino incerto
Canções gastas de tudo ser tão longe mas perto
Passos perdidos em véu solto e incoberto?

O que me espero eu, se ainda fico aqui?
Sorrisos, vozes, sonhos, futuro
Inquietações num leito demasiado escuro
Um respirar com que me fecundo e torturo?

2 comentários:

Anónimo disse...

"quero que venhas já e fiques em mim para sempre"
Descobri? ou "enterrei-me"?

as tuas palavras são profundas demais para serem "exploradas" ao ponto de lhes tirar o que de melhor têm... estão carregadas de sentires, carregadas de ti, dos teus amores e desamores, estão carregadas de vida... sabem a ti...

penso que tudo te espera, a vida é uma surpresa...

do que devorei aqui apenas te digo que o vou guardar naquele lugar chamado silêncio... mas que na realidade faz um barulho deliciosamente estrondoso em mim.

um beijo sempre diferente

Maria disse...

Sei do Encontro da poesia e das cantigas, mas não sei o que te espera hoje. Não será o silêncio o grito a morte. Sei que ficas sempre um pouco em mim. Mais um pouco. O que esperas, porque ficas aqui? TUDO! Porque não te vais assim, ficas um pouco em mim. Sempre!

Beijo-te.

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...