6 de fevereiro de 2011

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Faz-te ao mar! Existem as tempestades... Que gritam ao teu passar Mentiras, fantasmas, verdades... Tudo o que a vida balança Faz-te ao mar da esperança! Faz-te ao mar! Existem as praias belas... Que pousam na rede do teu cantar Fogos, poemas, aguarelas... Tudo o que a vida deixa a nu Faz-te ao mar, que o teu futuro és tu!

3 comentários:

Maria disse...

Faço-me ao mar em dias de acalmia porque os dias de tempestade são para ficar a olhar-te, mar. Como és belo! Que força tens aí dentro que te faz lançar rugidos que afastam os pescadores da faina. Faço-me ao mar sempre que me deixas porque o meu respeito por ti é enorme, mar. Como és belo! Que sofrimento tens no teu ventre para berrares assim na hora do parto em que a onda se desfaz. Faço-me ao mar enfim todos os dias. Às vezes fico-me pela areia onde enterro os pés e me sorves. Outras atrevo-me e enfrentar-te porque preciso de te respirar. Dentro de ti. Beber-te. Lamber-te. Amar-te. A ti, sim. Como se fosses o meu mar...
Por isso me faço ao mar, em ti.

Abraço-te, Pedro.

Anónimo disse...

Um bom poema é isto mesmo... sentir que estou a ser lida e não que sou eu que o estou a ler...
é como se eu "coubesse" dentro de cada palavra.
Amei como sempre.

beijos Pedro

OUTONO disse...

Quantas vezes me fiz ao mar...e o mar me negou...outras tantas...amou e, algumas ...secou. Quantas vezes disse (a)mar, na convulsão da onda que grita e, o mar, voltou-me as costas...
Mesmo assim, faço-me sempre ao MAR
LINDO este teu "fazer" ao mar....
Um abraço!

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...