10 de fevereiro de 2011

sÚpLiCa

A calçada rústica,
Ingreme
No cimo do monte,
O vazio
Os meus passos,
Apenas flores
Com que me aqueço de tanto frio
A cabana,
Silenciosa
No calor dos secretos intervalos
Os meus gritos,
Espasmos de amor
E só quero aconchegá-los...

5 comentários:

Maria disse...

Pudesse eu acalmar a tua inquietação com o meu abraço...
Deixa meus olhos secarem para te ler outra vez.

Filoxera disse...

Também sei, o vazio...

(quanto à cabana, se for em cima duma árvore, ainda melhor).

Um beijo, Pedro.

quanto pesa o vento? disse...

gostei de te ler.
abraço.

OutrosEncantos disse...

preciso por vezes andar descalça, faz sentir-me bem, livre, como pássaro no ar
e hoje aventurei-me numa calçada agreste
parecia ter chegado a primavera, porque das pedras haviam florescido flores aos montes
era um manto doce e quente que me aconchegou os pés
lá no cimo lembrei-me de ti :)
abri os braços e "toquei o céu com as mãos"...
depois, sentei-me na sombra de um salgueiro, aconcheguei o anjo que se alojara no meu peito
e foi bom respirar da natureza no alto da montanha
desci e vim até aqui
para deixar-te um abraço :)

OUTONO disse...

É sempre uma calma agitada de ânsia até chegar aqui...
Bravo!

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...