Do voo rasante sobre os lagos tremendo
Das viagens entre o ir e o ficar
Meu amor, que de tão tarde te foste ao mar
E eu, tão cedo, já morrendo...
Dos prantos nas noites cantando
Da solidão dos braços feita em mim
Meu amor, sempre à beira de tudo, à beira do fim
E eu, ventania, esperando, esperando...
Das rugas nas minhas mãos sempre tuas
Do perder-te todos os dias sem saber
Meu amor, se virás de novo, ao amanhecer
E eu, gastando as minhas pétalas nuas...
Da barcaça no horizonte nevoeiro
Dos silêncios na ponta dos dedos
Meu amor, viver entre a morte e os medos
E eu, apenas, de cada vez, um sonho primeiro...
3 comentários:
Acho que ser poeta é mesmo isso viver entre a morte e os medos... rasgando espaços para sonhos e esperanças ...pelo meio... embarcando em poemas escritos no silencio dos dedos...
gostei mesmo muito!
Parabéns
abraço
Belíssimo poema, de amor, medos e esperança de esperas.
Um abraço
Boa semana
E tu, tão cedo, já morrendo... meu amor primeiro!
Chovo. Não devia ter aportado aqui, hoje.
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