Fiz-me céu no regresso rasante da ternura
Na fonte que se faz rio e perdura
Nos riscos sorridentes do amor
Nas correntes que o coração tem
Ventre fecundo desta Natureza-mãe
Que me faz teu, poeta e cantor!
Fiz-me voo eterno na voz da paixão
Nos pedaços de mim, longe no sonho, rente ao chão
No cheiro do meu braço pousado em ti
Nos abraços da noite, leito nosso aberto ao mar
Em tudo o que me faz amar-te e ficar
No tempo deste passo forte que me faz ser teu e estar aqui!
Fiz-me tudo, tanto ao toque de cada saudade
Nos segredos de Paris, meu corpo feito cidade!
Nos frios ventos da pele ao sabor dos dias
Na cintura que aperta a elegante princesa
Nas lágrimas que nos lavam em tamanhas alegrias
E sou teu mais do que uma vez me sossegou esta certeza!
3 comentários:
Pensei neste teu Paris há uns quinze dias. Que nunca mais voltavas.
Hoje tenho a certeza de que não falta muito para levantares vôo...
Abraço-te.
Amigo, muito belo o seu poema. Bjs Ailime
Lindo!
Beijinhos :)
mariam
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