Nesta luz que respiramos junto ao mar
Silêncios e distâncias nos meus passos
E as ondas, chorosas, gritam ao desaguar
Uma dor amarrada aos meus cansaços...
Vagueiam intranquilas no seu pesar
De pele já seca de tantos abraços
E o sangue que corre sem parar
Desfaz-se em fumo e pedaços...
A vida, assim no seu caminhar
Sem a ternura dos espaços
Não vale o seu lugar.
Não merece os seus regaços...
1 comentário:
Olho as tuas palavras e vejo-te em cada uma.
E sinto-as todas.
Leio-te devagarinho desatando cada nó que se faz.
E engulo-os todos.
Visto a inquietação o sufoco o cansaço a solidão.
E abro o meu peito.
Deixo-me sossegar no abraço que nos demos.
E no rio de que és feito.
Para ti. Sempre. Uma vez, e outra, e outra...
Abraço-te. Cheio.
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